É muito sério o que vem acontecendo no futebol, não basta a troca de agressões entre os jogadores e a falta de técnica de muitos árbitros, o racismo também é utilizado entre jogadores, principalmente quando se trata de libertadores. Em 2005 a confusão foi entre São Paulo e Quilmes/Arg. Dessa vez é entre dois clubes brasileiros, mas coincidência ou não, entre jogador brasileiro e argentino. O caso ocorreu na noite de ontem (quarta, 24/06) no primeiro tempo do jogo entre Cruzeiro e Grêmio no Mineirão, o atacante Maxi López (Grêmio) teria chamado o volante Elicarlos (Cruzeiro) de "Macaco", quando o Wágner então, teria escutado a agressão verbal (injúria qualificada) e partido pra cima do atacante gremista e criado um bate-boca, o jogador gremista Souza teria entrado no meio, aparentemente sem saber do que se tratava, o jogo seguia sem problemas, já que o árbitro não viu nada.
O fato é que o Wágner relatou algo sobre cor com o atacante Maxi López, na saída da discussão ele diz algo parecido com "Não, não, não... Com a boca você pode xingar (aponta para a boca), com a cor não (apontando para o braço)...".
Ao fim da partida, a polícia civil foi atrás do atacante Maxi López no vestiário, mas o jogador teria entrado as pressas para o ônibus gremista. Ao ir para o ônibus, a polícia encontrou seguranças e dirigentes que dificultaram a saída do jogador por no mínimo 15 minutos, alegando falta de segurança, mas foi feito um corredor policial para a saída do jogador e mesmo assim houve demora para sua saída e seguir para depor.
O presidente do Grêmio, Duda Kroeff, estava indignado com a situação:
- Foi forjada uma queixa, para perturbar. São os Perrella, velhas raposas – desabafou, acusando a diretoria do Cruzeiro.
Bom, se a queixa foi forjada, então os Perrella contrataram o Maxi López para fazer um "teatro" no meio do jogo, juntamente com Wágner e Elicarlos. Pelo que é visto no vídeo, o atacante gremista diz algo ao volante celeste e o Wágner logo parte para cima de Maxi como se estivesse tomando as dores do colega.
O técnico Paulo Autuori desabafou:
- Nós já vimos isso em São Paulo, e não deu em nada. Todo mundo sabe que isso não dá em nada. Temos que nos preocupar com coisas mais sérias. Todo dia existe racismo, vamos acabar com essa hipocrisia. Quero falar de futebol - finalizou, citando o caso do argentino Leandro Desabato, que se envolveu em episódio semelhante com o atacante Grafite, na partida entre São Paulo e Quilmes pela Libertadores de 2005.
Para mim, o técnico P. Autuori foi infeliz nesse "desabafo", não se pode deixar para lá uma questão de racismo, tem que ser investigado e tem que ser punido o atacante do grêmio. A violência no futebol também acontece sempre e só por isso vamos cruzar os braços e deixar para lá?
Tem gente indo na onda do ídolo celeste, Alex, e dizendo que racismo é frescura. Bom, se é frescura, então a FIFA é fresca e eu também sou, mas não vou permitir nunca que alguém tente exercer essa frescuragem contra o próximo. Tem autor de blog celeste dizendo ser frescura, e querendo mudar o rumo do assunto envolvendo toda a cultura brasileira e mundial no meio do racismo. Cada um tem sua cultura sim, mas racismo é entendido em todos os países da mesma forma!
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